A produção de conteúdo é apenas uma parte do desafio em content marketing. Distribuição de conteúdo é tão determinante quanto para quem busca alcançar resultados. Para isso, são usados canais e táticas online e offline tirados do livro Epic Content Marketing e de fontes complementares.
A escolha de canais é uma decisão muito individual de cada empresa. A pesquisa Ciclo de Vida das Táticas de Content Marketing 2016 não traz uma resposta definitiva, mas mostra o que pensam 1.251 profissionais de content marketing no Brasil, o que pode ajudar, e muito, na escolha dos canais de distribuição de conteúdo.
O estudo, conduzido pela Tracto pelo terceiro ano seguido utiliza o modelo de hype cycle criado pela consultoria Gartner, que pode ser usado pelas empresas. Esse ciclo prevê seis fases: ascensão, pico, queda, desilusão, esclarecimento e produtividade. O gráfico ao lado mostra, de forma bastante resumida, onde se encontram as 26 plataformas testadas.
Veja a seguir as possíveis formas de distribuição de conteúdo disponíveis em content marketing.
App
Há dois formatos de aplicativos móveis (ou simplesmente apps): aplicativos nativos desenvolvidos para dispositivos específicos (como o iPhone, Android, BlackBerry, iPad) ou aplicativos da web que podem ser distribuídos sem depender de mercados específicos.
O mobile é parte do cotidiano das pessoas, e é isso que faz do mobile uma oportunidade — apps, inclusive. Segundo o estudo “Diário do Mobinauta Brasileiro 2016”, realizado pela S4M, Pointlogic e Tapestry, as atividades predominantes estão relacionadas à comunicação, mas entretenimento e organização também ocupam o topo da lista.
Enquanto 81% usam o smartphone para acessar e-mails diariamente, 77% optam por ligações e SMS. Na área do entretenimento, usuários têm seu celular como fonte para acompanhar informações (69%), últimas notícias (69%), redes sociais (62%) e ouvir música (57%). Além disso, do total de entrevistados, 87% concordam que o seu dispositivo o ajuda a ser mais eficiente. Uma oportunidade identificada está relacionada aos vídeos. De acordo com a pesquisa, os brasileiros adoram vídeos, seja para se entreter ou se informar. Em média, são gastos 57 minutos por semana assistindo vídeos online.
Sobre a publicidade, os usuários mobile do Brasil se mostraram abertos e receptivos a anúncios em smartphones com conteúdo segmentado. 67% consideram que a publicidade é útil e 89% gostam quando as empresas oferecem anúncios interessantes que os ajudam a serem mais eficientes. A pesquisa foi realizada em janeiro e fevereiro deste ano e contou com a participação de 1108 usuários com idade entre 16 e 64 anos. Os dados foram consolidados no infográfico publicado pela AdNews, que pode ser visualizado ao lado.
Por que mobile cresce tão fortemente no Brasil?
Mobile cresce no Brasil porque smartphones são o meio de acesso mais popular no País. Há hoje 36,8 milhões de lares brasileiros com acesso à internet. Desse total, 80,4% dispõem de um telefone celular para se conectar. Os desktops (computadores), que em 2013 lideravam, caíram para a segunda posição, com 76,5%. Os dados são da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), coletados em 2014 e divulgados em 2016.
Outro dado que chama a atenção no estudo é o fato de que as conexões discadas, que pareciam extintas, ainda estão presentes em 0,8% dos lares, o que corresponde a aproximadamente 300 mil residências.
Mobile está realmente consolidado no mundo?
Aquilo que no passado foi chamado de tendência é hoje uma realidade mais do que consolidada. A maior parte dos conteúdos é consumida por meio de um dispositivo móvel (smartphones e tablets). Isso inclui as redes sociais, uma vez que 79% do tráfego delas se faz por mobile.
Os dados são parte do estudo U.S. Cross-Platform Future in Focus, da comScore, publicado em março de 2016. O gráfico mostra a proporção do tráfego via desktop (computadores) e mobile para diversos tipos de conteúdo.
Outro dado relevante da pesquisa aponta que, pela primeira vez, o tráfego via desktop caiu. Foi 1 ponto percentual menor do que em 2013. O estudo da comScore diz respeito ao mercado dos Estados Unidos, mas é provável que se repita em proporções aproximadas no Brasil. Recentemente, o IBGE concluiu que 80% dos lares conectados à internet no País possuem um celular.
Audiolivro
O conteúdo do livro que você ouve, em vez de ler, é um audiobook (ou audiolivro). Quando patrocinado por uma marca, é uma ótima maneira de capturar a atenção.
Blog
O blog oferece uma maneira fácil de apresentar breves fragmentos de conteúdo da Web frequentemente atualizado. Costuma funcionar como o agregador de conteúdo. Permite flexibilidade na linguagem, tem conexão direta com redes sociais e é ótimo para SEO.
Muito frequentemente, as empresas utilizam WordPress para colocar no ar seus sites e, consequentemente, seus blogs. Quando nasceu, em 2003, era ferramenta para blogs pessoais. O cenário mudou. Segundo dados de janeiro de 2017 da Auttomatic, empresa proprietária do WordPress, um em cada quatro sites existentes na internet é feito em WordPress. De acordo com um levantamento da W3 Techs, entre as empresas que possuem algum sistema de gerenciamento de conteúdo, a participação é ainda maior: 58,8%. O idioma mais frequente entre os sites que adotam WordPress é o inglês (71%), seguido de espanhol (4,7%), língua indonésia (2,4%), português (2,3%), francês (1,5%), russo (1,3%), alemão (1,2%) e italiano (1%).
Por ser uma plataforma de código aberto, é gratuita, com custos mínimos adicionais — e opcionais. A AIT Magazine listou dez grandes empresas que usam a plataforma. Entre elas, figuram Coca-Cola, LinkedIn, The Wall Street Journal e Forbes, entre outras. Ao acessar um site, você consegue saber se ele foi desenvolvido com WordPress. A ferramenta gratuita Guess mostra a linguagem e o framework usados para o desenvolvimento de qualquer site.
A página de estatísticas do próprio WordPress mostra dados interessantes, como o volume de posts publicados dentro da plataforma WordPress.com. Tem, inclusive, um mapa de atividades em tempo real.
Ebook
Pense em um e-book como um white paper reforçado, geralmente com 12 a 40 páginas, que apresenta informações complexas em um formato visualmente atraente e amigável para o leitor. Quando bem feito, consegue posicionar a empresa ou o autor como expert no assunto, além de gerar cadastros (leads).
E-learning
Uma grade curricular cuidadosamente planejada, com conteúdo educacional, pode ser entregue através de uma variedade de mídias, incluindo podcasts de áudio, vídeo, apresentações de slides, webinars e muito mais. Isso é chamado de série e-learning.
Segundo o The Next Web, há hoje 3,8 bilhões de pessoas no mundo com acesso a internet, das quais 2 bilhões (ou 52%) são ativos no Facebook, de acordo com o Statista. É isso que faz a rede de Mark Zuckerberg ser tão relevante para content marketing.
Inicialmente, entre 2005 e 2010, as empresas nutriam uma expectativa mais relacionada a interagir com o público. A partir de 2013, os recursos pagos posicionaram cada vez mais o Facebook como uma opção paga — e eficiente — de distribuição de conteúdo. Isso não elimina, porém, a possibilidade de interagir.
Em 2016, uma pesquisa realizada pela CMO Survey, mostrou que apenas uma em cada quatro empresas entende que mídias sociais colaboram para o desempenho da empresa como um todo. O estudo é realizado duas vezes por ano, desde 2008, pela Universidade Fuqua School of Business, Associação Americana de Marketing (AMA) e Deloitte.
Numa das questões, o estudo perguntou aos entrevistados “em que medida o uso de mídias sociais contribui para o desempenho da suas empresas?”. As empresas responderam numa escala de 1 (nem um pouco) até 7 (contribuiu muito). A soma entre os que atribuíram 5, 6 ou 7 pontos é de 25,1%, como mostra o gráfico ao lado.
Em 28 de julho de 2017, o Facebook passou a permitir que fan pages criassem grupos (comunidades), o que até então era restrito a perfis pessoais. A funcionalidade foi testada de março a julho de 2017 e foi anunciada pelo Chief Product Officer Chris Cox. Segundo a Tech Crunch, a rede de Mark Zuckerberg abriga 70 milhões de páginas (dado de 2017). Na edição 193 do podcast PNR This Old Marketing (em inglês), é feita uma análise da novidade entre os minutos 30 e 39.
Por que o Facebook ainda é importante para a distribuição de conteúdo?
Para as empresas brasileiras, a rede social continua tendo relevância por causa da quantidade de usuários ativos no país — 139 milhões. Isso coloca o Brasil como o terceiro colocado no número de usuários.
O uso também é intenso. Jovens brasileiros entre 15 e 24 anos passam aproximadamente 110 horas por mês conectados ao Facebook por meio de seus dispositivos móveis — smartphones e tablets. Entre adultos de 25 a 34 anos, o total é de 102 horas.
As informações aparecem no relatório elaborado pela ComScore e reportado pelo e-Marketer. Os dados foram coletados em setembro e divulgados em dezembro de 2015.
Um outro estudo da comScore havia apontado, um ano atrás, que a plataforma Android é a mais popular no Brasil, sendo usada por 72% dos smartphones. O iPhone fica bem atrás, com apenas 15%.
Estima-se que, em 2016, 83,7 milhões de brasileiros teham usado a internet a partir de seus dispositivos móveis pelo menos uma vez por mês. É um crescimento de 14,6% em relação aos números registrados em 2015.
Estudo de caso
O estudo de caso é um documento, tipicamente de uma a duas páginas — ou um vídeo — que combina a autoridade de um depoimento em primeira pessoa com a estrutura narrativa de uma história da marca. Gera confiança e credibilidade para quem conta o case. E traz aprendizado útil para quem lê.
Evento online
Tratamos de evento online neste post específico.
Ferramenta de marca
Ferramenta de conteúdo de marca: um serviço habilitado eletronicamente, o aplicativo de marca reúne informações de clientes potenciais e clientes, em seguida produz uma análise, avaliação, relatório ou plano personalizado. Em virtude da sua qualidade e / ou singularidade, o aplicativo de marca tem o potencial de ser rápido viral.
Fórum de discussão
Um fórum de discussão é um simples site onde clientes e potenciais clientes podem publicar opiniões e fazer comentários sobre seus produtos e serviços.
Game
Um jogo online é um jogo eletrônico como qualquer outro, exceto que é assinado por uma marca.
Google+
Embora às vezes esquecido na esfera de influência das redes sociais, o Google+ ainda ajuda empresas a obter vantagens nos resultados de SEO.
História em quadrinhos
Um livro de histórias em quadrinhos não é apenas para crianças. Ao reforçar o texto com imagens vívidas, os quadrinhos se comunicam de forma divertida, rápida e memorável aos leitores de todas as idades.
Infográfico
Como o nome sugere, um infográfico representa informações ou dados visualmente, em um gráfico, gráfico ou outra forma de ilustração. É um modelo que alia o bom volume de informação ao efeito que imagens provocam. Só 10% das pessoas se lembram de uma informação que leram depois de dez dias. Mas se a mesma informação estiver acompanhada de uma imagem, 65% se lembram dela depois de dez dias. Os dados são do Hubspot.
LinkedIn é agora muito mais do que um repositório para nossos contatos de negócios. É uma plataforma de publicação completa.
Livro impresso
Mesmo na era revolucionária da Web 2.0, um livro impresso ainda traz uma aura de autoridade. Seja auto-publicado ou criado através de uma editora tradicional, o livro é a peça de conteúdo “grande” que muitas vezes ganha exposição na imprensa, convites para palestrar e um status privilegiado como especialista.
Mesa redonda
Uma mesa redonda é uma reunião de executivos da indústria que são especialistas em seu campo e que têm o poder de desenho suficiente para atrair seus clientes potenciais. Através de breves apresentações e interações entre os participantes da mesa redonda, você tem a oportunidade de se posicionar como líder de pensamento.
Newsletter impressa
Seja uma folha de dupla face ou um documento de 16 páginas, uma newsletter impressa oferece conteúdo atraente para consumo rápido. Do ponto de vista tático, serve para a retenção de clientes.
Newsletter online
Um boletim informativo eletrônico é um meio de comunicação regular com clientes atuais e futuros que permitiram o envio de mensagens. É geralmente distribuído semanal ou mensalmente. Segundo o Hubspot, a média global de abertura de emails personalizados é de 18%. Quando o email não é personalizado, cai para 11%. Quase 70% dos emails são lidos primeiro em celulares do que em computadores.
Terças e quintas-feiras são os melhores dias para enviar e-mail marketing e newsletters para empresas, mas segundas e quartas-feiras também são boas opções. Os dados são do MailChimp, um dos serviços mais populares de disparo de envio de e-mails no Brasil e no mundo. De acordo com o estudo, o envio para grandes quantidades de pessoas é melhor durante a semana, quando a taxa de abertura média fica entre 16% e 18%.
Estas são médias globais. É claro que existem variações nos percentuais dependendo de algumas variáveis, como indústria e tamanho da base. O horário entre 8h e 14h costuma ser o mais indicado para o envio, considerando que o pico de abertura se dá às 11h.
As médias globais da taxa de abertura de newsletters enviadas varia de acordo com o porte da empresa que envia. Elas podem ser categorizadas pela quantidade de funcionários:
Colaboradores | Abertura | Cliques |
1 a 10 | 21,65% | 2,87% |
11 a 25 | 20,80% | 2,52% |
26 a 50 | 21,48% | 2,87% |
Mais de 50 | 22,86% | 2,82% |
O MailChimp categorizou as empresas também pelo segmento em que atuam:
Atividade | Abertura | Cliques |
Agência / Serviços Criativos | 22,34% | 2,69% |
Apostas / jogos de azar | 17,68% | 3,23% |
Arquitetura e construção | 24,81% | 2,96% |
Artes e artistas | 27,23% | 2,88% |
Beleza e Cuidados Pessoais | 18,75% | 2,10% |
Comércio | 21,22% | 2,61% |
Computadores e Eletrônicos | 21,14% | 2,29% |
Construção | 22,24% | 1,92% |
Consultoria | 19,51% | 2,34% |
Cupons e Ofertas Diárias | 14,44% | 2,01% |
Educação e Treinamento | 21,70% | 2,69% |
Entretenimento e Eventos | 21,37% | 2,36% |
Esportes | 25,66% | 3,35% |
E-commerce | 16,76% | 2,45% |
Farmacêutica | 19,78% | 2,57% |
Foto e vídeo | 25,89% | 3,74% |
Games | 17,68% | 3,23% |
Governo | 26,08% | 3,63% |
Hobbies | 28,81% | 5,36% |
Imóveis | 21,21% | 1,94% |
Jardinagem | 24,24% | 3,68% |
Manufatura | 22,43% | 2,45% |
Marketing e propaganda | 18,01% | 1,99% |
Mídia e editoras | 22,09% | 4,66% |
Mobile | 19,55% | 2,18% |
Música e músicos | 22,85% | 2,91% |
Negócios e Finanças | 21,18% | 2,77% |
Política | 22,61% | 2,29% |
Recrutamento e empregos | 20,16% | 2,24% |
Redes sociais | 21,77% | 3,42% |
Relações públicas | 19,96% | 1,65% |
Religião | 26,35% | 3,27% |
Restaurante | 21,84% | 1,37% |
Saúde e fitness | 22,25% | 2,74% |
Saúde médica/dental | 22,56% | 2,48% |
Sem fins lucratvos | 25,06% | 2,83% |
Seguros | 20,82% | 2,16% |
Serviços de alimentação e agricultura | 24,92% | 3,18% |
Serviços legais | 22,58% | 3,02% |
Serviços profissionais | 20,65% | 2,55% |
Software / web app | 21,20% | 2,35% |
Telecomunicações | 21,50% | 2,53% |
Viagens e transportes | 20,49% | 2,26% |
Vitaminas e suplementos | 17,18% | 1,90% |
Outros | 23,19% | 2,90% |
Outro levantamento — este feito pelo site americano The Huffington Post — mostra que 58% dos consumidores online verificam seus e-mails como a primeira atividade na internet no dia. Outros 20% navegam por sites ou fazem busca no Google e 11% olham o Facebook. Diariamente, 215 bilhões de e-mails circulam pela Internet. Esses dados talvez expliquem o fato de o retorno sobre o investimento (ROI) ser de 38 para 1 para e-mails. Ou seja, para cada real investidos, estima-se que sejam obtidos R$ 38,00 em retorno.
Se taxas de abertura não são altas, um dos motivos é o fato de que emails são frequentemente barrados por mecanismos anti-SPAM, ainda que a o mailing esteja limpo. Segundo o Business to Community (Estados Unidos) e o E-mail Manager (Brasil), quatro fatores podem fazer com que o e-mail caia numa lista negra:
Spamtraps puros
Em uma tradução livre, podemos chamar de ‘armadilhas de SPAM’. Serviços de e-mails, como Gmail, Hotmail e afins criam contas que na realidade não pertencem a ninguém. Se uma dessas contas aparecer numa lista de e-mails, fica evidente que quem disparou o e-mail não usa uma base legítima, em que pessoas se cadastram de verdade. Se sua mensagem cair em uma ou duas dessas armadilhas, seu domínio entrará na lista negra de spammers.
Spamtraps reciclados
A lógica é a mesma dos spamtraps puros, mas nos reciclados os e-mails não são fakes. São, na verdade, e-mails que já existiram um dia mas foram assumidos pelos serviços de e-mails como inativos após certo tempo de desuso. Para ambos os casos, a recomendação é a mesma: jamais use listas de terceiros.
Retornos excessivos
Os serviços de e-mails toleram uma taxa de retorno na casa dos 10%. Ou seja, de cada 100 e-mails que um remetente enviar para usuários de Gmail, Hotmail ou afins, se mais de dez voltarem com certa frequência, o risco de cair em lista negra será real. A recomendação é utilizar serviços de e-mails que administrem os e-mails e deletem os que retornam.
Índice de atividade
Os serviços de e-mail — Gmail, Hotmail etc. — podem facilmente observar se seus usuários abrem, clicam, respondem, apagam ou classificam como SPAM mensagens de um determinado domínio. Isso permite que eles classifiquem os remetentes com base no comportamento de sua própria base de usuários.
Para todos os casos, a recomendação básica é construir um mailing legítimo, em que os usuários claramente pediram para receber determinadas mensagens.
Pesquisa online
Faça pesquisa online com seus clientes, visitantes ou colegas com ferramentas de pesquisa on-line pagas ou gratuitas.
Podcast
Um podcast é simplesmente um arquivo de áudio que você pode ouvir em um computador, celular ou MP3 player, geralmente distribuído via RSS ou iTunes. Os podcasts geralmente são de 5 a 30 minutos de duração, mas os downloads de podcasts mais longos estão se tornando populares. Alcançam um público altamente interessado no tema. Usa a linguagem de rádio, que é o teatro da mente. Por isso, gera forte conexão com o público.
Podcast: mobile x desktop
De acordo com o Podtrac, a audiência de podcasts nos Estados Unidos vem 29% de desktops e 71% de dispositivos móveis, assim dividida:
- 59% iPhone
- 10% iTunes em desktop
- 9% iPad
- 7% computadores
- 2% Stitcher
- 1% Android
- 1% Soundcloud
- 11% outros
Há de se considerar que, no Brasil, a proporção de usuários de Android tende a ser maior que nos Estados Unidos. Talvez esses números não se apliquem com exatidão ao nosso mercado. Houve entre 2013 e 2015 aceleração na quantidade de ouvintes. O estudo da Edison Research mostra essa evolução entre americanos com idade superior a 11 anos nos últimos oito anos.
Os 17% desse universo correspondem a 39 milhões de pessoas.
Quora
É um site de perguntas e respostas coletivas, como se fosse um fórum aberto ao mundo, onde especialistas de uma variedade de áreas podem mostrar suas expertises. Já foi mais forte, mas ainda
Ranking
As pessoas amam listas. Um sistema de ranking da indústria oferece aos leitores uma lista “melhor” pré-montada que classifica as opções disponíveis em uma determinada área ou tópico e, em seguida, classifica-se bem nos mecanismos de busca, como o Google.
Release de imprensa
Um release de imprensa é qualquer comunicação escrita ou gravada dirigida às mídias de notícias gerais. Serviços como o PR Newswire podem publicar seus comunicados de imprensa online para uma distribuição de conteúdo mais rápida e ampla.
Revista digital
Um híbrido entre a revista tradicional e um PDF simplificado, uma revista digital oferece conteúdo periódico autossuficiente e visual que não requer software especial para abrir e ler.
Revista impressa
Todas as marcas são agora editores. A revista impressa personalizada tem formato de revista familiar com um novo toque: é patrocinado, produzido e assinado por uma empresa ou marca.
Road show
Os road shows são miniconferências que normalmente são conduzidas por uma única empresa em formato de evento itinerante. Normalmente, os eventos individuais duram um dia ou menos e são realizados em cidades onde existe uma alta concentração de potenciais clientes.
O Pinterest é um site de compartilhamento de fotos extremamente popular, onde você pode gerenciar suas próprias fotos ativamente e compartilhar imagens e vídeos de outras pessoas.
Seminário virtual
O seminário online é uma apresentação virtual desprovida de elementos essenciais. A única tecnologia necessária é um telefone. Dependendo da natureza do conteúdo, os participantes podem ter um esboço, uma agenda ou um conjunto de slides de apresentação enviados antes do telefonema.
SlideShare
O SlideShare funciona como uma espécie de YouTube de apresentações em PowerPoint, PDF e outros formatos. Posiciona a empresa como conhecedora de certos conhecimentos para um público que faz buscas profissionais. O Slideshare é uma divisão do LinkedIn. É o “YouTube de apresentações em PowerPoint”.
Snapchat
O Snapchat é um aplicativo mobile de mensagens efêmeras muito popular entre públicos jovens. Em 2016, atingiu a marca de 300 milhões de usuários ativos. Não há uma forma padrão de produção de conteúdo. Alguns casos foram contados em fevereiro de 2017 pela Entrepreneur — como o Mashable, que faz reportagens ao vivo, e o Taco Bell, que usa o Snapchat basicamente para falar de seus produtos.
Se, por um lado, em distribuição de conteúdo o Snapchat funciona para marcas que encontram uma forma de explorar a sua dinâmica, por outro, o aplicativo ainda luta para encontrar um modelo de negócios viável logo após ter aberto capital.
O Social Media Examiner compilou dados que mostram um cenário preocupante no âmbito da publicidade. No primeiro trimestre de 2017, enquanto o Facebook faturou US$ 16,33 bilhões e o Google, US$ 5,24 bilhõe com publicidade,. o Snapchat não passou de US$ 770 milhões. O montante corresponde a menos de 5% do faturamento do Facebook.
O Snapchat virou febre em 2013, quando alcançou 5 milhões de usuários e 150 milhões de imagens por dia. Em seguida, passou a ser usado por marcas relevantes. Um post do Steam Feed publicado em abril de 2014 mostrou que grandes marcas, como Taco Bell e Intel, usavam o aplicativo de compartilhamento de mensagens efêmeras.
Outro dado preocupante diz respeito a marketing de influência, apontada como a oportunidade perfeita para o Snapchat. No entanto, uma pesquisa da Blogovin mostrou que, em 2017, o aplicativo é apenas a sétima plataforma mais usada por marcas em ações de influencer marketing nos Estados Unidos. Instagram, Facebook, Twitter, blogs, YouTube e até o Pinterest estão na frente.
Testemunhal
Um testemunhal é uma declaração do próprio cliente.
Tumblr
Adquirido pelo Yahoo!, é uma plataforma de microblog que permite o uso eficiente de multimídia e imagens.
O Twitter desempenhou um importante papel no aprendizado da distribuição de conteúdo em plataformas digitais. Entre 2007 e 2010, representou a porta de entrada no ambiente social para muitas marcas, que depois expandiram sua atuação para outras redes.
Embora ainda seja uma rede social relevante, especialmente para diálogo entre marcas, especialistas e público, o crescimento do número de adeptos do Twitter vem desacelerando desde 2015, conforme mostra o gráfico ao lado, da Statista. No segundo semestre daquele ano, o número de usuários ativos chegou a decrescer — embora tenha voltado a crescer depois.
Ainda assim, segundo o Hubspot, o consumo de conteúdo no Twitter cresceu 25% entre 2015 e 2017.
Vídeo online
“Nova pesquisa mostra que vídeo é o novo blog”. A frase está no título de um texto publicado por Jay Baer no Convince & Convert (em inglês). YouTube e vídeos online são um dos formatos mais eficientes. Basta observar dados de uma pesquisa realizada pela Vidyard em 2017:
- Marcas criam em média 18 vídeos novos por mês em seus canais.
- 53% dos vídeos feitos por empresas têm 90 segundos ou menos.
- Somente 10% dos espectadores assistem a vídeos até o fim quando eles têm mais de 30 minutos.
- Para Brian Halligan, CEO do Hubspot, 50% do conteúdo de toda empresa deveria ser vídeo.
É preciso observar que, por outro lado, nem todo vídeo faz sucesso. Somente 5% deles abocanham 77% das visualizações.
Dados adicionais compilados pelo Hubspot em 2017, vídeo segue ganhando força:
- Quase 50% das pessoas procuram o vídeo de um produto ou serviço antes de visitar o site da empresa.
- 45% das pessoas gastam mais de uma hora por semana assistindo a vídeos no Facebook ou no YouTube.
- Duas em cada três pessoas assistem a um vídeo pelo celular enquanto estão sentadas em frente à televisão.
Talvez tenha faltado destacar o maior concorrente do YouTube. O Facebook também se posiciona como plataforma de vídeo há pelo menos dois anos. Segundo a Joomlaux, 85% dos vídeos no Facebook são vistos sem som. Por isso, convém criar versões curtas e legendadas.
YouTube ranqueia bem?
O YouTube em tem bom desempenho SEO. A conclusão é, entre outros, do Backlinko, que analisou 1,3 milhão de vídeos em 2017 e constatou que, sim, vídeos têm bom ranqueamento — especialmente tiverem muitos comentários.
Outra conclusão importante do estudo: os vídeos que melhor ranqueiam são aqueles que têm duração superior a 12 minutos. Os vídeos que ocupam as primeiras posições no Google duram, em média, 14 minutos e 50 segundos.
Vídeo ao vivo (live)
Segundo o Social Media Examiner, 14% dos profissionais de marketing americanos usaram vídeo ao vivo em alguma plataforma em 2016. De acordo com a revista americana Wire, oito em cada dez usuários de redes sociais gostam mais de vídeos ao vivo de marcas do que posts. Os dados são de uma pesquisa da Livestream e reforçam o formato como opção para empresas. Segundo a revista, transmissões de vídeo ao vivo funcionam porque são:
- Acessíveis;
- Pessoais;
- Interativos;
- Urgentes;
- Efêmeros.
Dois exemplos reforçam essa ideia. A companhia aérea Turkish Airlines, da Turquia, alcançou 4,5 milhões de pessoas e obteve 290 mil likes no Periscope. Em seu live video, a General Motors foi vista por 57.000 pessoas e recebeu 2 mil curtidas no Facebook.
Por que vídeo é tão poderoso?
Vídeo é um formato forte por uma razão simples: as pessoas consomem conteúdo nesse formato em larga escala. O jornal Huffington Post compilou em abril de 2016 os seguintes dados:
- Um usuário gasta, em média, 88% mais tempo em um site que contenha vídeo do que em um que não contenha.
- Metade do tráfego via smartphones e tablets é destinado a vídeos em 2016.
- Estima-se que, em 2019, 80% do tráfego online será destinado a vídeos.
- De cada três consumidores, dois estão mais propensos a comprar um produto se tiverem assistido a um vídeo sobre ele.
- De cada dez pessoas que assistem a um vídeo, seis assistem a pelo menos dois terços dele.
- Uma newsletter que contenha vídeo recebe, em média, três a quatro vezes mais cliques do que uma que contenha somente texto e imagens.
Webinar / webcast
Fazer a apresentação no mundo online é a essência do webinar (slides e áudio) ou webcast (slides, áudio e vídeo). Visualmente, o conteúdo é entregue slide por slide no equivalente on-line a uma apresentação ao vivo. Gera proximidade e contato efetivo da marca com o público a custo baixo. Sem contar que gera cadastros de um público segmentado.
Existe diferença entre webinar e webcast, que convém conhecer:
- Webinar é a aglutinação das palavras “web” e “seminar”. O termo surgiu em 1994 e há quem prefira aportuguesá-lo para “webseminário”. Trata-se basicamente de um evento ao vivo em que um palestrante — ou um grupo de poucos palestrantes ou painelistas — transmite conhecimentos utilizando recursos como transmissão de áudio, compartilhamento de tela para exibir slides, chat, enquetes e, opcionalmente, vídeo. Normalmente, são eventos de educação voltados para grupos específicos e que exigem o cadastro prévio dos participantes, quase sempre gratuitos. A interação se limita a responder e comentários perguntas feitos pelos participantes via chat.
- Webcast é a aglutinação das palavras “web” e “broadcast”. Trata-se, portanto, da transmissão de um evento presencial por meio online — como entrevistas coletivas, palestras, shows etc. A transmissão é feita em vídeo, mas pode ser baseada apenas em áudio. Na maior parte dos casos, é ao vivo, mas muitas vezes o vídeo a ser transmitido é gravado previamente. Naturalmente, acaba sendo transmitido para um grupo maior de pessoas, não exigindo necessariamente cadastramento prévio. Há pouquíssima ou nenhuma interação entre público e produtores de conteúdo.
Considere que estas definições não são rígidas e que recursos podem ser acrescentados tanto a webinar quanto ao webcast. Afinal, não há definições oficiais para as duas modalidades. As próprias fontes que consultamos para esta matéria divergem em alguns pontos.
As fontes consultadas para essa diferenciação foram CBS News, On 24, Arkadin, The Webinar Blog e RevueZzle.
White paper
O “avô” de conteúdo, o white paper, é um relatório organizado por tópicos, tipicamente de 8 a 12 páginas, focado em questões que exigem muitas explicações. Também conhecido como “paper de conferência”, “relatório de pesquisa” ou “resumo técnico”, é perfeito para demonstrar liderança de opinião em questões vitais para seus clientes.
Este artigo foi originalmente publicado em agosto de 2013 e vem sendo constantemente atualizado e enriquecido desde então.