Links de entrada, também conhecidos como backlinks, são todos os links que apontam para a sua página vindos de outros lugares da internet. Eles podem fazer uma grande diferença no ranqueamento, já que indicam ao Google que confiam no que você diz. Aos olhos do Google, confiança é um elemento-chave. Por isso, as técnicas de link building são hoje importantes — mas delicadas — para SEO.
Quanto maior a credibilidade do site que faz o backlink, melhor. O ideal é você ter poucos backlinks vindos de domínios de baixa qualidade e vários de sites de boa reputação. Ferramentas como o SEMRush ajudam você a mapear os sites que fazem links para as suas páginas.
Os backlinks ainda são importantes?
A resposta curta é “sim”, os backlinks continuam sendo um fator crucial para a classificação da pesquisa orgânica. Segundo Brian Dean, do Backlinko, o número de domínios de referência é um dos fatores de classificação mais importantes do Google. É o que mostra o gráfico abaixo.
Se você produzir um conteúdo de alto valor e distribuí-lo por múltiplos canais — prática própria de um plano de content marketing —, outros sites naturalmente criarão links para o seu conteúdo. Você dará aos outros a oportunidade de “descobrir” o seu conteúdo ao distribuí-lo por diversos canais. Isso inclui pessoas que escrevam sobre temas similares e o citem como referência — ou o recomendem para que outras pessoas também o descubram.
Para esse efeito acontecer, não é preciso ter um site antigo ou com grande audiência ou reputação. Na verdade, o efeito é o inverso. A reputação e a audiência são consequência (e não causa) do bom conteúdo.
Qualidade pesa mais do que quantidade
Embora o número total de backlinks tenha um papel importante nos algoritmos do Google, há outros dois elementos que pesam mais: a qualidade e a variedade de sites que apontam os links. Vamos aplicar a análise humana, que é justamente aquela que o Google tenta copiar, para entender a lógica.
Imagine que um determinado post sobre negócios no site A receba 500 backlinks. Esses links vêm de sites completamente irrelevantes, como blogs criados recentemente em serviços gratuitos e com audiência próxima de zero. Quando você vai analisar mais de perto, esses 500 backlinks vêm de apenas 40 domínios diferentes. Ou seja, um mesmo blog faz link dezenas de vezes para aquele post em páginas diferentes.
Agora imagine que o site B, também especializado em negócios, tenha publicado um post sobre o mesmo tema e recebeu 20 backlinks.
Só que esses links vieram de Exame, Estadão, UOL e Forbes. Se você tivesse de fazer uma análise apenas baseado em peso dos backlinks, certamente atribuiria mais peso nesse quesito ao post publicado pelo site B pela qualidade dos backlinks.
O Google tem tecnologia suficiente para fazer a mesma análise — e faz.
Para aferir o que é um site capaz de prover backlink de alta qualidade, o Google mantém a pontuação chamada de PageRank. Trata-se de um sistema de pontuação que avalia a qualidade e o número de links de cada site, atribuindo a eles uma pontuação de autoridade que vai de 0 a 10.
O livro Content Marketing Masterclass foi lançado em setembro deste ano e está disponível nas versões impressa e Kindle. São 52 aulas transformadas em 52 capítulos.
Você pode verificar o PageRank de qualquer site gratuitamente em diversos sites, como o checkpagerank.net, por exemplo. O UOL tem Page Rank 8. O Mundo do Marketing e a Tracto têm 5. O Content Marketing Institute tem 6. E por aí vai.
Nessa contagem, é preciso considerar que nem todos os links são computados. Alguns deles contêm o atributo “nofollow”, que existe para indicar para o Google que ele não deve considerar aquele link para efeito de ranqueamento.
Ele é usado, por exemplo, em áreas de comentários. Imagine que um site de grande credibilidade e audiência publique um artigo importante sobre um determinado tema. Um usuário, então, publica um comentário — o que pode ser feito livremente por qualquer pessoa. Se ele inserir um link nesse comentário, o Google, tecnicamente, entenderá aquilo como um backlink, o que não é bem verdade.
Para evitar esse mal-entendido, o site automaticamente adiciona ao código de todos os links de comentários o atributo “nofollow”. Ou seja, ele avisa ao Google para desconsiderar aquele link para efeito de SEO.
Essa situação é comum em sites que permitem que usuários publiquem livremente conteúdo. Vale não apenas para área de comentários como também para a Wikipedia. Ou mesmo para situações em que um redator queira mencionar sites de baixa reputação — num post de denúncia, por exemplo — sem que eles ganhem pontos em SEO por isso.
O código HTML para SEO é este:
<a href=“http://sitededestino.com.br/” rel=“nofollow”>
Takeaways
Backlinks são, ao lado do conteúdo de qualidade, o fator mais importante de ranqueamento de uma página. Por isso, têm tanto peso em SEO. Eles se referem à quantidade de links apontados de outros sites para o seu. Mas atenção: não é apenas a quantidade. É também — e principalmente — a qualidade que importa.