As empresas adotam recursos que usam inteligência artificial para obter diferentes propósitos. Uma pesquisa realizada em 2018 por Boston Consulting Group e MIT Sloan Management Review buscou entender o que motiva empresas no mundo todo a adotar AI. Os resultados estão expressos no gráfico abaixo.
Inteligência artificial é hoje o instrumento supermoderno que a própria internet foi 20 anos atrás. Lá pelo final da década de 1990, quando você dizia a um leigo que sua empresa “já estava na internet”, ele via você como quem já estava anos-luz à frente da humanidade.
Acontece que a sua ostentação não funcionava com todo o mundo. Quem estava minimamente familiarizado com o mundo digital normalmente fazia mais perguntas para entender melhor o que exatamente significava “estar na internet”. Era prover um serviço online? Desenvolver um software? Lançar um portal? Ou ter apenas um email? Essa pessoa sabia que você talvez não passasse de um mero usuário de recursos online básicos.
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Do oito ao oitenta com AI
Com inteligência artificial, acontece mais ou menos a mesma coisa hoje. Quando se conhece pouco, a valorização é enorme.
Por exemplo, o site americano Techgrabyte escreveu o seguinte:
“Inteligência artificial é a maior oportunidade comercial para empresas, indústrias e nações para as próximas décadas. Ela aumentará o PIB global em até 14% até 2030, o que significa que aqueles que não a adotarem se colocarão em uma enorme desvantagem competitiva nos próximos anos.”
Pode ser que a projeção se confirme, mas não deixa de contrastar com afirmações de outros especialistas muito mais comedidos.
Para citar apenas um deles, Chris Penn, cofundador e cientista de dados da Trust Insights, deu uma palestra sobre inteligência artificial no Content Marketing World de 2019. Ele disse que “muitas empresas dizem que estão usando inteligência artificial, mas 35% estão mentindo. Elas não têm nenhum tipo de IA”.
E foi além: segundo ele, o uso de inteligência artificial especificamente em content marketing é limitado a quatro aplicações:
- Quando você não sabe o que está funcionando em seu plano de content marketing;
- Quando você não sabe quais de seus conteúdos são prioritários;
- Quando você não sabe o que exatamente tem mais valor em seus dados;
- Quando você não sabe quais influenciadores podem ajudá-lo a alcançar mais pessoas.
Chris Penn completou o raciocínio dizendo que a inteligência artificial é uma excelente forma de processamento de dados, mas não substitui o ser humano no raciocínio nem na obtenção de insights.
Takeaways
As empresas têm diferentes expectativas sobre inteligência artificial. Muitas vezes, espera-se muito dela porque pouco se conhece — mais ou menos como aconteceu com a própria internet duas décadas atrás. Especificamente no content marketing, poucas aplicações são plausíveis, mas os insights continuam a cargo dos seres humanos.