O site da instituição pública é o ponto de partida da comunicação de toda instituição. Faça links dele para as redes sociais. Por mais que a comunicação por meio de sites de relacionamento tenha eficiência no instante em que conteúdo são postados, pondere: já experimentou recuperar textos antigos em perfis do Twitter e do Facebook? Tenha em mente que sites institucionais ou mesmo blogs funcionam bem melhor como centralizadores de conteúdo.
Em qualquer ação em sites de relacionamento, aponte links para conteúdos próprios, direcionando o tráfego. O manual de Mídias Sociais da Fundação Oswaldo Cruz é incisivo: “os perfis da unidade nas redes devem sempre remeter ao site, onde o usuário poderá ter mais informações sobre a instituição”. A existência de links no site da instituição é a única forma de conferir legitimidade aos perfis oficiais em redes sociais.
Mesmo a opção pelo Facebook favorece a relação entre perfis externos e os sites institucionais. O Guia de Estilo do Governo Basco lembra que é possível integrar sites e blogs com os plugins sociais, como a like box relacionada à página da instituição na rede social, área de comentários, entre outros.
Entre as ferramentas mais comuns, o blog é a que mais se aproxima da lógica de um site institucional.
Bruno Rodrigues, na cartilha produzida para o Departamento de Governo Eletrônico, lembra que o blog é praticamente uma extensão do site institucional. Por ser fácil de ser criado, pode se tornar um caminho possível diante de:
- Temas pouco (ou nunca) abordados pela mídia ou mesmo pelo site da instituição;
- Explicações adicionais ou esclarecimentos sobre notícias veiculadas na imprensa;
- Artigos assinados exclusivos que não serão veiculados por outros meios;
- Entrevistas com profissionais envolvidos em projetos de interesse do cidadão.
O manual do Center for DiseaseControlandPrevention (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) indica outra razão para concentrar conteúdos no site e usar redes sociais como canais de distribuição: é mais fácil pensar em assuntos para perfis de relacionamento a partir do reaproveitamento de textos já publicados. Notícias, planilhas, perguntas e respostas, artigos de pesquisa, entre outros materiais, podem ser reescritos e reaproveitados de acordo com as finalidades de cada rede. Para isso funcionar, um calendário editorial é fundamental.
O NationalArchivesand Records Administration (Administração Nacional de Arquivos e Registros dos Estados Unidos) lembra que alguns conteúdos têm caráter mais transitório que outros, o que pode auxiliar na decisão de arquivamento, armazenamento e gestão. Registros de mídia social (Twitter, Facebook) podem ser mais temporários; postagens em blogs, no entanto, são mais permanentes.
Mais sobre o tema
Este artigo foi extraído do e-book "Redes Sociais em Órgãos Públicos", produzido pelos mesmos autores deste texto. O e-book está disponível para download gratuito.
Para produzir este livro digital, André Rosa e Cassio Politi estudaram 44 manuais e documentos relacionados a comunicação em órgãos públicos de oito países (Brasil, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, País Basco, Austrália, Nova Zelândia e Nigéria).
O e-book foi lançado oficialmente no dia 27 de março de 2015. As principais anotações foram compiladas nele, composto de 13 capítulos, que deram origem a esta série de artigos publicados semanalmente aqui, no site da Tracto.∞
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