Se quiser fazer uma revista digital, explore as possibilidades da plataforma. Produzir uma revista nos moldes do impresso, tirar o PDF e chamar de revista digital é um desperdício de tempo, dinheiro e oferece conteúdo bem pouco atraente para o consumidor. Na semana passada falei aqui sobre a The Home Depot, uma rede de lojas de materiais de construção e objetos de melhorias para a casa atuante na América do Norte. Lá falei que as empresas de proposta semelhante brasileiras não exploram o conteúdo de uma forma consistente para tornar-se referência e prometi analisar um material da Leroy Merlin.
É evidente que a marca tem se esforçado para produzir conteúdos. O blog, o Facebook e o Pinterest são bons, sem nada demais que chame a atenção. O que conta pontos negativos em relação às propostas de conteúdo, no caso, é a revista digital da marca, que parece ser feita como uma revista impressa qualquer. Não parece que a arte e a diagramação foram feitas especialmente para o digital, não há também aproveitamento dos recursos do ambiente digital, com desdobramentos do conteúdo, como um vídeo ou uma galeria de fotos a parte. A sensação é de navegar por um PDF e a empresa perde oportunidade de oferecer nessa proposta conteúdo realmente relevante e adaptado ao meio, dois fatores fundamentais na produção de conteúdo. Parece que era uma revista para ser impressa, mas, para evitar custos de gráfica e distribuição, foi parar na Internet.
Ana Carolina Barbosa (@ana2302) é sócia e diretora criativa da Cabrun! (@cabrunconteudos), agência de content marketing especializada em conectar marcas e pessoas por meio da gestão de conteúdos. É jornalista, especialista em mídias institucionais e em branding. Tem expertise no mercado de mídia e entretenimento, tendo atuado em publicações voltadas para o mercado audiovisual.→ Veja todos os artigos de Ana Carolina Barbosa na Tracto.
