Vejo com frequência ― em consultorias, aulas ou palestras que ministro ― a expressão de perplexidade no rosto das pessoas. Tudo porque um usuário clicou no botão de opt-out, indicando que nunca mais quer receber nenhum e-mail enviado pela empresa.
― E agora? O que devo fazer? ― alguém pede socorro.
― É simples: comemore ― aconselho.
Não, não estou dizendo que o cadastro em fuga não seja bem-vindo. Pelo contrário: tudo o que mais queríamos é que ele abrisse todos os nossos e-mails, lessem todas as nossas newsletters, clicassem nos links comerciais de todos os nossos e-mails marketing.
Acontece que o grau de segmentação do mailing é fator muito mais importante do que a quantidade de cadastros existentes nele. Em outras palavras, é muito melhor ter uma base menor interessada em você do que ter uma base enorme e repleta de fantasmas.
Quando um usuário pede para deixar o seu mailing, ele ajuda a lapidá-lo. Por alguma razão, o seu conteúdo não é mais de interesse dele. Ele pode ter mudado de atividade, de emprego, de cidade. Ou, o que é mais provável, o tema que você aborda foi, em algum momento, interessante para ele. Hoje não é mais.
Esse usuário deu mais uma contribuição. Ele confiou no link de opt-out que você disponibilizou. Refiro-me àquele link que normalmente vem no rodapé da mensagem, do tipo: “se não quiser mais receber nossos e-mails, clique aqui”. Ele poderia ter classificado você como SPAM, o que, em larga escala, pode incluir o seu domínio nas listas negras internacionais de spammers.
Daí a importância de se ter o link de opt-out visível e, principalmente, em pleno funcionamento. As principais ferramentas de disparo de e-mail oferecem a opção chama da de unsubscribe (algo como “descadastrar”), que nos Estados Unidos é uma exigência legal.
Webinar
O conteúdo deste artigo foi parte do tema apresentado nesta quinta-feira no webinar “Seis Pontos Críticos de Newsletter”, cujos slides podem ser consultados abaixo ou baixados gratuitamente no canal da Tracto no SlideShare.

Sobre o autor: Cassio Politi é fundador da Tracto. Implantou programas de content marketing em empresas do Brasil e em multionacionais. Autor do primeiro livro em língua portuguesa sobre content marketing, publicado em 2013, é o único sul-americano a compor o seleto júri do Content Marketing Awards. Desde 2016, é palestrante em eventos no Brasil e no Exterior, normalmente apresentando cases bem-sucedidos de seus clientes.
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