O podcast Content Marketing Brasil desta semana aborda como tema central a pesquisa Redes Sociais nas Empresas Brasileiras 2015.
O relatório do estudo, que está disponível para download gratuito, apresenta as seguintes conclusões:
- A percepção de importância do Facebook permeia todos os perfis de empresa. LinkedIn tem relevância especial nas empresas B2B; Instagram, nas B2C; e Twitter, nos órgãos públicos.
- Em dois anos, houve crescimento enorme de adoção e de percepção de importância das plataformas de vídeo, como YouTube e Vimeo.
- Valoriza-se mais o conjunto de indicadores relevantes para a marca — como brand equity e geração de leads —, e não apenas o de métricas específicas de comunicação.
- 75% das empresas apresentam algum tipo de relatório de resultados de redes sociais. Entre as agências, o percentual é maior (91%) e entre órgãos públicos, menor (67%).
- O número de empresas que investe em publicidade ou promoção de conteúdo em redes sociais subiu de 41% para 49%.
- Ferramentas de disparo de e-mails, agendamento de posts e monitoramento de redes sociais são as mais contratadas. Mailing de imprensa ocupa apenas o quarto lugar.
Mensuração
Os números estão postos, cabem algumas reflexões. Mensuração de resultados continua sendo uma dificuldade para muitas empresas, embora a maioria faça relatórios. Tarcizio Silva, um estudioso de mensuração de resultados de Salvador, questionou num post em janeiro deste ano: por que não existem padronizações das métricas em mídias sociais? A nossa dúvida é se a pergunta-chave é se deve haver uma padronização. Claro, essa busca por padronização tem origem na publicidade — audiência medida pelo Ibope, por exemplo. Talvez falte uma atenção maior das empresas em relação a mensuração e a uma forma de se fazer isso.
Órgãos públicos
Empresas públicas talvez demandem uma análise muito específica. Isso remete percepção dos americanos sobre dados abertos em instituições governamentais. Uma pesquisa do Pew Institute revela que 65% dos cidadãos dos Estados Unidos fazem algum tipo de pesquisa por informações na esfera municipal, estadual ou federal. No entanto, é uma busca muito “1.0”, sem grandes serviços oferecidos a quem busca. Nesse contexto, apenas 5% consideram que os dados são disponibilizados eficientemente.
O mesmo estudo do Pew Institute revela que quatro em cada dez americanos entendem que os dados abertos permitem que os jornalistas tenham maior possibilidade de aprofundamento em suas coberturas.
Automação
O nosso estudo mostrou que apenas 12% das empresas têm uma ferramenta de automação de marketing. E aí vem a dúvida: automação é uma boa prática? Considere que o conceito de automação é muito amplo. E aí se gera um paradoxo: ao mesmo tempo em que as empresas buscam humanizar seu conteúdo, muitas contratam sistemas que automatizam processos. Nossa conclusão: automação não é ruim; ruim é automatizar sem pensar.
Amenidades
O podcast foi gravado justamente no dia 3 de junho, justamente quando a Editora Abril anunciou o fechamento de títulos como a Exame PME e Capricho e a venda de outros títulos. Tudo isso num contexto que faz lembrar que a simples transposição de conteúdo para a mídia online não basta. E isso faz lembrar alguns taxistas, que, numa passagem divertida destes autores, são avessos a qualquer tipo de tecnologia, como o Waze. Ou, então, como o Cristiano Dias relatou no artigo “Taxistas… e outros Dinossauros do Digital“. Uma frase chama a atenção:
Como ouvir“‘Está inventada a Internet e eu a domino. Fim.’ Não é isso e nunca vai ser isso. A TV pode não ter matado o rádio e a Internet pode não ter matado a TV. Mas hoje já podemos ter a certeza de que a Internet vai matar a Internet todo dia, o tempo todo, pra sempre.”
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