A edição de 2012 da pesquisa do Chief Marketer Mobile apontou que 39% das empresas americanas tem uma versão de seus sites adaptadas para o formato mobile, que é como são chamados os dispositivos móveis, sobretudo smartphones e tablets (veja gráfico ao lado). Outros 17% já possuem sites construídos especificamente para mobile, enquanto 31% não fizeram qualquer adaptação. Dos demais, 8% não souberam responder e 5% não deram uma resposta específica.
A maioria das empresas não sabe dizer como os consumidores se comportam com um celular ou iPad em mãos. A pouca intimidade com mobile leva os profissionais de marketing americanos a atribuir a ele duas finalidades:
- Fazer campanhas auto-suficientes;
- Funcionar uma “cola” entre plataformas integradas, conduzindo o consumidor para comprar os produtos e serviços posteriormente em outro ambiente, principalmente a Internet.
Nos departamentos de marketing dos Estados Unidos, menos de 10% das verbas são alocadas para essa ações. Ainda assim, seis em cada dez empresas mantiveram ou aumentaram a verba em 2012 em comparação com o ano passado. Esse é, aliás, a justificativa mais utilizada por aqueles 31% que não têm site otimizado, citados no primeiro parágrafo desta matéria. As outras razões são a baixa prioridade para esse tipo de tecnologia e, ainda, a falta de um profissional na empresa que tome conta da otimização.
Apesar de todos os aspectos desfavoráveis, mais da metade das empresas diz que pretende neste ano ao m-Commerce, nome dado ao comércio por mobile, uma espécie de evolução do e-Commerce. É o que mostra o gráfico abaixo. Perguntadas se pretendem fazer campanhas baseadas em mobile, 51% responderam que sim, 23% disseram que não e 26% não sabem.
Ferramentas
Os recursos com crescimento mais notório são os códigos de barra convencionais e os códigos de barra bidimensionais, também chamadas de “QR”. Foram usados por sete em cada dez empresas no ano passado.
Mensagens de texto enviadas por SMS começam a sofrer declínio. Em 2010, 59% das empresas usaram esse tipo de comunicação. Em 2011, foram 50%. A grande vantagem de SMS é, segundo os pesquisados, o senso de emergência que ele sugere e, ainda, as taxas de leitura muito superiores às registradas em abertura de e-mails.
Comportamento de compra
Entre consumidores em mobile, há uma grande diferença entre ir às compras e comprar. Essa máxima já permeou os departamentos de marketing dos Estados Unidos. Em outras palavras, as pessoas usam smartphone e tablet para pesquisar, mas não para concluir a compra. Pudera: somente 27% das empresas permitem que a compra seja concluída no ambiente móvel, poupando o cliente de ter de migrar para o velho computador para inserir dados de pagamento. Outras 22% dizem que pretendem criar essa funcionalidade. Mas 51% ainda não têm planos de dar ao consumidor o privilégio de digitar o número de cartão de crédito na tela de seu iPhone.
Não é por acaso que 73% das empresas esperam que os clientes apenas comparem preços via mobile, sem necessariamente fazer o pedido.
O ciclo completo do m-Commerce ainda é um projeto futurista para a maioria das empresas. Não se trata de desinteresse por vendas, mas de uma questão técnica. O estudo sugere que a principal barreira do mobile ainda sejam as ferramentas de desenvolvimento, que são pouco amigáveis, difíceis de se usar.∞
Crédito da imagem associada a esta matéria: cortesia do FreeDigitalPhotos.net