Sistemas de busca e seleção automática de notícia estão cada vez mais apurados. Eles são plenamente capazes de buscar na web textos que digam respeito de um determinado assunto e publicá-los em um site ou blog.
Nesta semana, o americano Mark Schaefer, autor dos livros Return On Influence e Tao of Twitter, postou em seu blog um contraponto a respeito dos curadores automáticos de conteúdo. Quando redigiu o artigo, ele havia acabado de participar de um evento em que uma grande instituição financeira detalhou o mecanismo utilizado por ela. Schaefer fez cinco reflexões a respeito.
1. Qual a confiabilidade?
Se o leitor é realmente interessado no tema, ele terá uma infinidade de outros lugares para buscar a informação. O fato de o site selecionar conteúdo automaticamente o torna inerentemente inconfiável. Afinal, nada garante que trará informações completas e imparciais.
2. Que problemas estão sendo resolvidos?
O que credencia uma empresa a atuar como curadora de conteúdo? Nada. O fato é que ela coloca essa tarefa nas mãos de um algoritmo, o que não satisfaz as necessidades do cliente. Em última análise, a empresa que implanta esse sistema está resolvendo os problemas dela própria, e não os de seu público.
3. Um modelo único não satisfaz todos os gostos
A tal empresa que apresentou sua solução tem três tipos de cliente: consumidores, empresas de varejo e outros bancos. São, portanto, três públicos distintos, com demandas por conteúdo também diferentes entre si. No entanto, há apenas um noticiário, o que torna impossível segmentar eficientemente.
4. A questão é customização
Para alcançar a individualização, um ponto crucial é a customização. O cliente quer as coisas do seu jeito. Qualquer oferta que se apresente como customizável é sempre mais interessante do que aquela direcionada para a massa. Esse princípio vale para conteúdo, inclusive.
5. O homem ou a máquina?
Uma máxima entre profissionais de content marketing diz que conteúdo é rei. A partir do momento em que uma empresa delega seu noticiário a um software, o conteúdo deixa de reinar e passa a ser commodity, pois não tem grande valor agregado. Confiar a uma máquina as mensagens endereçadas a seu cliente significa plantar problemas futuros.∞
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