Pode parecer que o discurso sobre o “desaparecimento” (ou “invisibilidade”) da Internet e suas consequências tenha ocupado a edição #10 do Podcast Content Marketing Brasil. Mas calma: não demora para falarmos dos objetivos dos profissionais de marketing. Há uma pressão por vendas nas empresas ao mesmo tempo em que as áreas de comunicação investem bastante em redes sociais e mobile. Estaria faltando coerência entre resultados esperados e esforços despendidos. É isso o que conversamos neste podcast, que você ouve abaixo.
A pesquisa Salesforce Marketing Cloud 2015, publicada no dia 13 de janeiro pela Salesforce, entrevistou 5.053 profissionais de marketing em nove países. O Brasil está na lista e representou 8,5% dos respondentes. O estudo apresentou algumas conclusões que têm relação com content marketing:
- Os maiores desafios são desenvolvimento de novos negócios, qualidade de leads e acompanhamento de novas tecnologias e tendências de mercado.
- A criação de conteúdo original e único aparece somente na 13ª posição do ranking de maiores desafios.
- As cinco áreas que representaram maiores investimentos financeiros foram: anúncios em social media, marketing em social media, engajamento em social media, location based mobile tracking e aplicativos móveis.
- Ao lado do Canadá, o Brasil é o país que mais pretende aumentar ou manter investimentos nessas cinco áreas. Nesses dois países, 96% dos profissionais marcaram essas opções. A média global foi 84%.
- Mobile é uma aposta para todos: empresas B2B ou B2C grandes ou pequenas.
- As métricas mais importantes para aferição de resultado foram crescimento de receitas, satisfação do cliente, ROI, taxa de retenção do cliente e aquisição de clientes.
- 73% dos respondentes concordam com a afirmação de que e-mail é ferramenta essencial para seus negócios. A maioria entende que e-mail é gerador de vendas.
- As métricas mais usadas para e-mail são taxa de cliques, conversão em vendas e taxa de abertura.
- Nas recomendações, o estudo recomenda cautela à adoção de buyer personas. Eles preferem que os consumidores sejam analisados individualmente, e não em grupo.
Como reflexo para os profissionais de comunicação, redobra a necessidade de atuação em múltiplas frentes. No podcast, Andréa Janér, diretora da Approach, comenta que essa é uma tendência nas agências brasileiras.
Blogueiros
Enquanto o Salesforce conversou com profissionais de marketing, o Copyblogger fez uma pesquisa com 449 blogueiros, donos de pequenos negócios, consultores e outros produtores de conteúdo de negócios pequenos. O tema foi o custo dos negócios online. Conclusão: esse perfil profissional é menos focado em resultados. O desafio, para ele, é construir autoridade e o principal objetivo é pagar as contas. Há um ponto de convergência com a pesquisa anterior: 82% se esforçam para construir uma lista de e-mails.
LinkedIn
Um estudo do Content Marketing Institute em parceria com a Direct Marketing Association indica que o LinkedIn já é mais usado do que o Twitter para content marketing. Em 2013, o LinkedIn era usado por 85% das empresas. Em 2014, saltou para 96%. O microblog se manteve em 89% nos dois anos. Considere que a pesquisa leva em conta os mercados de Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.
Redes sociais
No podcast, falamos também de um dado curioso. A revista Scientific American pesquisou o nível de estresse provocado por alguns meios de comunicação online. Resultado: Instagram, Twitter e e-mail relaxam as pessoas. E o Facebook as deixa estressadas. Para quem usa Twitter, duas sugestões. A primeira é acompanhar perfis divertidos (e infames), como @bethmoreno, @RealMorte, @oiluiz, @deeercy, @thiagomava, @Dicas_do_heman, @leo_oguarda e @betosaladini. A outra diz respeito a palavrões, já que alguns foram ditos — e devidamente ocultados pelo bip — durante o podcast. Por isso, fica a recomendação de um vídeo do show Nóis na Fita, de Leandro Hassum e Marcius Melhem, que trata da utilidade deles para a língua portuguesa.
Coincidência ou não, um exemplo de animosidade que movimentou a Internet (especialmente o Facebook) na última semana, diz respeito a uma campanha publicitária de uma escola no interior de Minas Gerais. Alunos foram clicados segurando um MacBook como se fosse um iPad. A resposta do colégio passou a ser reconhecida como um posicionamento brilhante diante da repercussão, além de fazer muita gente refletir.
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