As empresas poderão em breve ter o direito de registrar domínios “.qualquercoisa” em vez de “.com”, “.org”, “.net” etc. O ICANN estuda liberar a criação de domínios gTLD (Generic Top Level Domains) completamente personalizados.
ICANN é o órgão responsável pelo gerenciamento dos domínios em âmbito global. É uma espécie de registro.br, mas em nível internacional. Suas conversas estão avançadas com a KPMG nos Estados Unidos, que pretende adotar o “.kpmg” no lugar do tradicional “.com”. É provavelmente o primeiro caso de gTLD personalizado.
O anúncio foi feito neste mês pelo diretor de marketing digital da empresa, David Green, numa entrevista para o World Intellectual Property. Segundo Green, a mudança não será imediata. “Haverá uma fase de migração”, explicou o executivo.
Existem hoje pouco mais de 20 domínios gTLD. A lista completa aparece no site do ICANN. Há, ainda, mais de 200 subextensões de países, como “.br” (Brasil), “.ar” (Argentina) etc.
A liberação do gTLD para qualquer nome é estudada pelo ICANN desde 2011. Se concretizada, poderá aquecer ainda mais o mercado norte-americano de compra e venda de domínios. Ainda não há informações oficiais sobre os prováveis custos para registro de um gTLD próprio.