Hashtags são palavras, expressões ou siglas precedidas pelo sinal de sustenido (#). Têm como função categorizar um tuíte de modo a inseri-lo num grupo de usuários interessados no mesmo tema, ainda que pontualmente. Foram introduzidas inicialmente por redes IRC (de bate-papo), como o ICQ. Ganharam popularidade com o Twitter e hoje já são usadas por Flickr e Instagram. Há rumores de que o Facebook vá adotá-las em breve.
São uteis porque o simples clique nas hashtags conduz o usuário para uma página que lista todos os tuítes que também a contenham. Isso permite que você entre na conversa com outras pessoas interessadas no assunto. Ou o contrário: que elas façam contato com você.
Boas práticas
Não use muitas hashtags num tuíte. Uma ou, no máximo, duas são suficientes. Use letras maiúsculas e minúsculas para separar as palavras. Afinal, #VisitaDoPapa é mais compreensível do que #visitadopapa embora os caracteres usados sejam os mesmos. Busque a palavra mais simples possível de modo a torná-la compreensível, identificável e fácil de ser lembrada.
Quando for inserir link, use essa sequência: texto, link e hashtag. Isso confere uma ordem lógica e organizada ao seu tuíte. Eventualmente, a tag aparecerá dentro de seu texto, o que não é problema algum.
Massivas
Você deve sempre considerar a escala em que uma palavra é inserida no Twitter. Se, num domingo de futebol, você buscar por #Brasileiro2013, o retorno será gigantesco. Nesse cenário, se por um lado a possibilidade de seu tuíte ser visto aumentará, por outro o grau de segmentação e de influência serão baixos.
São essas hashtags em massa que normalmente aparecem nos Trending Topics, o ranking que o próprio Twitter organiza para mostrar as mais utilizadas naquele momento em âmbito mundial e regional.
O uso desse tipo de hashtag massiva tem quase sempre o objetivo de posicionar o autor como adepto de um grupo ou causa. Foi o que aconteceu, por exemplo, após os tsunamis que devastaram a costa leste do Japão em 2011. Pessoas do mundo inteiro postaram #PrayForJapan (Reze Pelo Japão, em português) como forma de manifestar seu sentimento de solidariedade.
Exclusivas
No outro extremo, existem aquelas hashtags que você usará sozinho. Imagine que sua empresa, a XPTO Eventos, realize um fórum em seu setor. Ao criar uma hashtag específica, algo como #ForumXPTO, tenha certeza de que ela é exclusiva. Para isso, basta buscá-la pelo Twitter e verificar se já não está sendo usada por mais ninguém.
A partir daí, você divulga essa hashtag em seu público-alvo. Ela servirá como uma espécie de ponto de encontro, proporcionando a possibilidade de debate.
Segmentadas
Existe o meio termo entre hashtags massivas e exclusivas, tipicamente usadas em segmentos pequenos ou nichos. Colecionadores de carros antigos, por exemplo, compartilham tags de marcas e acessórios que provavelmente ninguém fora daquele grupo lembra que existem.
Monitoramento
As marcas ficam de olho naquilo que é postado no Twitter acerca de si ou de seus mercados. Usando programas como TweetDeck ou HootSuite, você pode monitorar permanentemente algumas hashtags, sobretudo as segmentadas. Existem também opções pagas de monitoramento, como Scup, Sysomos e muitos outros.
Podcast
O áudio abaixo traz informações complementares a esta matéria. Os jornalistas André Rosa e Cassio Politi, especialistas em content marketing, falam sobre o surgimento das hashtags e lembram alguns casos recentes — mancadas, inclusive —, além de hábitos como o Follow Friday. Eles chegam a divergir sobre o uso mais estruturado ou mais livre das tags no microblog. O podcast tem a duração de 14 minutos. Ouça abaixo.∞
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