A pesquisa anual Social Mídia Advertisement Global Market Report é, como o nome em inglês sugere, um relatório sobre o estado dos anúncios em redes sociais durante o ano que passou.
O dado principal da última edição indica que foram gastos mais ou menos US$ 112 bilhões em publicidade no mundo todo em 2021 — o que já é um número alto. Mas cresceu. Em 2022, esse montante vai saltar para mais de US$ 130 bilhões de dólares. Para 2026, a expectativa é de que se gaste em torno de US$ 200 bilhões em ads em redes sociais.
Isso explica vários fenômenos. Por exemplo, a dificuldade que empresas de mídia tradicional — como TV e rádio — hoje encontram para manter os seus negócios operando. Afinal, os anunciantes correram para as redes sociais.
Do ponto de vista de quem faz content marketing, o efeito é outro. Como os player de redes sociais (Facebook, Twitter, LinkedIn e cia) entenderam que o jeito de ganhar dinheiro são ads, eles cada vez mais fomentam a lógica do pay for play — ou pagar para jogar em bom português.
Ali por 2012, quando os conteúdos começaram a aparecer na Tracto, a gente publicava frequentemente os percentuais de interação das pessoas no Facebook — a rede social em alta naquele momento. Inicialmente, se você não pagasse para promover seus posts, 5% das pessoas que seguiam a sua página iam interagir com você, curtindo ou comentando as postagens.
Porém, esse número foi caindo ano após ano. Em algum momento, o alcance orgânico caiu de 5% para menos de 1% — até tender a zero, como é hoje. Justamente por causa disso: para conseguir visibilidade, você precisaria pagar. Essa nova realidade do pay for play veio para ficar — e ficou.
Takeaway
Fico com uma fala do Joe Pulizzi durante o Content Marketing World de 2019. Ele disse algo mais ou menos assim: prepare se para o fim da era social. Não quer dizer que as redes sociais vão acabar, mas cada vez mais você usar as redes sociais para, de forma paga, gerar tráfego para algum outro lugar — como seu site, seu podcast, seu canal no YouTube ou qualquer outro lugar.
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